A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim deu início a um importante debate sobre o futuro da saúde pública do município. Na tarde desta quarta-feira (28), o prefeito Theodorico Ferraço reuniu representantes de todos os hospitais da cidade, deputados estaduais, vereadores e membros da sociedade civil para discutir a possibilidade de uma Parceria Público-Privada (PPP) na gestão de três unidades de pronto atendimento: o PA Paulo Pereira Gomes, a UPA do bairro Marbrasa e a unidade de Itaoca Pedra.
O objetivo da proposta é fortalecer o sistema de saúde local e acabar com a necessidade de encaminhar pacientes para outros municípios por falta de vagas. Segundo Ferraço, é necessário priorizar o atendimento na própria cidade.
“Queremos encontrar uma solução local para um problema que afeta tantas famílias. Atualmente, muitos pacientes precisam ser levados para outras cidades. Com esse modelo, poderemos garantir que eles sejam atendidos em Cachoeiro mesmo. A saúde precisa ser prioridade na gestão”, afirmou o prefeito.
Ferraço explicou que a proposta é rear a gestão das unidades de pronto atendimento aos hospitais da cidade, utilizando os recursos da saúde municipal para financiar essa operação.
“Já conversamos com os hospitais sobre essa possibilidade. Nossa ideia é transformar os três PAs em postos avançados e entregá-los à istração hospitalar. Assim, poderemos melhorar o atendimento e otimizar os recursos públicos”, completou.
A secretária municipal de Saúde, Renata Fiorio, reforçou o compromisso da gestão com a melhoria do atendimento e anunciou a criação de uma comissão para dar continuidade ao debate.
“Cachoeiro possui uma grande rede de hospitais. Não é justo que o cachoeirense precise sair da cidade para receber atendimento. Por isso, temos buscado soluções constantes para esse problema e, agora, precisamos nos unir para resolvê-lo de forma definitiva”, destacou.
O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado estadual Dr. Bruno Resende, também participou do encontro e chamou atenção para o principal gargalo enfrentado pelo setor.
“A maior dificuldade da saúde pública hoje é a falta de leitos. A parceria público-privada pode ser um caminho para solucionar esse problema, desde que seja acompanhada por uma gestão eficiente. É um projeto audacioso, mas necessário”, afirmou.
A proposta recebeu apoio de representantes das principais instituições de saúde do município. Wagner Medeiros, superintendente do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI), se mostrou favorável à iniciativa.
“Estamos à disposição para contribuir com a solução. É necessário um estudo mais aprofundado, mas o mais importante é a união de todos os setores”, pontuou.
Winston Roberto, presidente do Hospital Materno-Infantil Francisco de Assis (HIFA), também elogiou a iniciativa.
“Essa é uma atitude louvável. Precisamos debater esse tema com urgência. Não é aceitável continuarmos transferindo nossos pacientes por falta de estrutura local”, disse.
Afrânio Hemilio Carvalho, diretor da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro, destacou o compromisso da instituição com a melhoria da saúde pública.
“A saúde pública enfrenta muitos desafios no Brasil e em Cachoeiro não é diferente. Estaremos juntos em tudo que for para melhorar a vida da população”, garantiu.
A Unimed Sul Capixaba também participou do encontro, representada pelo vice-presidente Bruno Beber Machado, que sinalizou interesse em contribuir com o projeto.
“Estamos de portas abertas para participar desse debate. Acreditamos que, juntos, podemos encontrar soluções para melhorar o atendimento à população”, afirmou.
Com o início das discussões, a Prefeitura busca construir uma alternativa sólida e sustentável para garantir atendimento digno e eficiente à população de Cachoeiro de Itapemirim, sem depender da estrutura hospitalar de outros municípios.
