Pazolini x Ricardo Ferraço

Empatado tecnicamente com Pazolini, Ricardo Ferraço se firma como nome mais forte da base governista para 2026 1wb5k

Política

A nova pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta segunda-feira (2), confirma que a disputa pelo Palácio Anchieta em 2026 já tem dois protagonistas bem definidos: o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). Pazolini aparece com 26,1% das intenções de voto, enquanto Ferraço marca 21,7%. Com margem de erro de 2,6 pontos percentuais, o cenário configura um empate técnico entre os dois, o que coloca o vice-governador em uma posição altamente competitiva, mesmo antes do início oficial da campanha.

Mas, diferente de Pazolini, que até aqui caminha de forma mais isolada, Ferraço surge cercado por uma sólida e estratégica base política que tende a fazer toda a diferença em 2026. O vice-governador conta com o apoio declarado de lideranças de peso do Espírito Santo, como o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB); o secretário de Desenvolvimento e ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT); e o deputado federal Da Vitória (PP) — todos nomes que aparecem na pesquisa, mas que estão alinhados ao projeto político liderado por Ricardo.

A esse grupo se somam ainda o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), e o próprio governador Renato Casagrande (PSB), que tem sinalizado com clareza que vê Ferraço como seu sucessor natural. A aliança com Casagrande é um ativo valioso: o levantamento do Paraná Pesquisas mostra que a gestão do governador e de Ferraço tem impressionantes 80,1% de aprovação popular. Esse índice de aprovação massiva, somado à atuação conjunta em benefício dos 78 municípios capixabas, cria uma base sólida para impulsionar o nome de Ricardo.

Além disso, a presença de Ferraço em eventos pelo interior e seu trabalho próximo aos prefeitos reforçam sua imagem de municipalista — uma característica que, aliada à ampla coalizão partidária em construção, deve garantir ao vice-governador o maior tempo de TV e rádio durante a campanha.

Um dos únicos pontos de incerteza no entorno de Ferraço é a postura recente de Arnaldinho Borgo (Podemos), prefeito de Vila Velha. No início do ano, Arnaldinho sinalizou apoio a Ferraço, mas hoje parece indeciso. A leitura política é clara: após essa pesquisa, o mais sensato seria recuar de uma possível candidatura própria e consolidar seu apoio ao projeto da base governista, sob risco de isolamento político.

O evento promovido no último sábado (31), em Vitória, foi mais um indicativo da força política de Ricardo Ferraço. Reunindo centenas de lideranças, o encontro marcou um ato de união entre os principais nomes da base aliada. Euclério Sampaio foi direto: “Ricardo Ferraço é o futuro governador do Espírito Santo”. Marcelo Santos, por sua vez, também reforçou seu compromisso com a pré-candidatura, sinalizando a integração do projeto com uma chapa ampla, que pode incluir nomes como Da Vitória para o Senado e o próprio Marcelo para a Câmara Federal.

Nos bastidores, a coalizão que se desenha tem como espinha dorsal a Federação União Progressista, formada por PP e União Brasil. Com as direções estaduais nas mãos de Da Vitória e Marcelo Santos, o grupo oferece a Ricardo Ferraço estrutura, militância e palanque nos quatro cantos do estado.

Ex-deputado federal, ex-senador e atual vice-governador, Ferraço é visto como um nome experiente, moderado e preparado para suceder Casagrande mantendo o Espírito Santo como exemplo de gestão pública no Brasil. A sucessão de 2026 ainda está distante, mas os sinais são claros: Ricardo Ferraço entrou de vez na disputa — e com força.

 

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